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NOTA DE APOIO À LUTA DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE

Nós, estudantes de química do Centro Acadêmico dos Estudos de Química (CAEQ) da Unicamp, vimos por meio desta nota, mais uma vez, prestar apoio e solidariedade à luta dos profissionais da enfermagem. Desde o início da pandemia temos apoiado as mobilizações dos profissionais do Hospital das Clínicas da Unicamp (HC), que, por meio de cartas anônimas e independentes denunciaram as diversas situações criminosas às quais estavam sendo submetidos durante o trabalho na linha de frente da Covid-19. As maiores demandas foram em relação ao oferecimento dos EPIs adequados, pela testagem em massa dos funcionários, pelo adicional de insalubridade, pelo afastamento daqueles que pertencem ao grupo de risco, pela vacinação para todos os profissionais da área da saúde e funcionários da limpeza e pela solidariedade aos funcionários que faleceram na atuação. Grande parte dessas demandas foram atendidas graças a essa mobilização. Nós do CAEQ utilizamos essas cartas para panfletar no HC e conversar com os funcionários, para, enquanto estudantes, apoiar essa luta.

#paratodosverem: Imagem alaranjada com um circulo rosa claro ao centro (com formas que dão aparência de destaque ao circulo do centro). No centro do circulo em destaque os dizeres "Nota de apoio à luta dos profissionais da saúde; ato dia 15/05 às 10h", com titulo com fonte bordô escura para destaque e em negrito, a descrição apresenta a mesma cor porém menos escura. O logo da Gestão Primavera do CAEQ está no centro inferior do circulo em destaque.

Apesar do STU reivindicar para si essas conquistas, temos convicção que foram omissos, para não dizer coniventes, com os ataques da reitoria e da superintendência do HC, durante esse processo de luta. E quando agiu foi a reboque da luta independente dos funcionários da saúde do HC, os verdadeiros responsáveis por essas importantes vitórias.


A enfermagem, há décadas, sofre com as políticas de precarização da saúde pública do Brasil que se agudizou com a pandemia. O colapso sanitário agrava a crise já enfrentada nos hospitais públicos, o que massacra de forma cínica os trabalhadores da linha de frente em defesa da saúde do povo. Apesar da importância do papel desempenhado pela enfermagem e demais funcionários da área da saúde, estes são colocados em campo sem as condições necessárias para essa batalha. E, com isso, milhares morrem e tudo que os hospitais (como HC e CAISM) fazem, com seu falso humanismo, é uma “nota de pesar”.


A nível nacional, a categoria adoece, não apenas pela Covid-19, mas também por todo o estresse psicológico de presenciar tantas mortes evitáveis, visto que já existem diversas opções de vacinas propositalmente não adquiridas por esse governo genocida. Ainda, os cortes crescentes no âmbito da pesquisa científica e financiamento das universidades públicas prejudicam o já atrasado processo de desenvolvimento de vacinas totalmente nacionais. A UFRJ já anunciou que os cortes orçamentários irão afetar o desenvolvimento de duas vacinas nacionais sendo pesquisadas na instituição, além da possibilidade da universidade fechar as portas no meio do ano.


Enquanto isso, os hospitais lucram em cima da falta de reajuste salarial, das jornadas de trabalho excessivas, da falta de EPIs adequados, da infraestrutura decadente, do não pagamento do adicional de insalubridade, além da forma escamoteada de administrar as contas, o que abre margem para corrupção. O processo de privatização dos hospitais também ganha força em meio à crise sanitária. A iniciativa privada lança-se a “resolver” as dificuldades administrativas, orçamentárias e logísticas cada vez mais latentes, especialmente dos hospitais universitários. Não é a toa que o MEC tem ampliado as divulgações em suas redes sociais do questionável “sucesso” da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSEHR), que retira das universidades federais a autonomia da administração dos seus hospitais, promove a perda de estabilidade empregatícia para os funcionários e remove os hospitais universitários do tripé universitário, deixando de garantir os estágios dos estudantes da área da saúde. Embora seja uma “empresa pública”, a EBSEHR e, consequentemente, seus 40 hospitais universitários associados, estão na lista de estatais “passíveis de privatização” de Paulo Guedes.


Neste contexto, a Faculdade de Enfermagem da Unicamp realizará um ato presencial, cujas reivindicações são o mínimo frente a tudo o que esses trabalhadores negligenciados enfrentam, principalmente após esse último ano de pandemia. As pautas são: Piso salarial; 30h de jornada de trabalho sem redução salarial; Regulamentação da categoria; Aposentadoria especial; Condições de trabalho adequadas e seguras; Plano de carreira; Descanso digno; Defesa do SUS; Aprovação do PL 2464/2020 (instituir o piso salarial nacional do Enfermeiro, do Técnico de Enfermagem, do Auxiliar de Enfermagem e da Parteira). Assim, reafirmamos nosso apoio à justa luta dos profissionais da enfermagem e convocamos a todos a participarem deste importante ato. Será no dia 15/05, sábado, na Praça Arautos da Paz, em Campinas. Frente à crise sanitária, é obrigatório o uso de máscaras, de preferência PFF2, e exercer distanciamento social, além de recomendarmos levar álcool em gel para higienização pessoal.


CONTRA O IMOBILISMO!

VACINA PARA O POVO JÁ!

PELO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE JÁ!

EM DEFESA DE DIGNAS CONDIÇÕES DE TRABALHO!

LUTAR PELOS NOSSOS DIREITOS É QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA!


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