Não é novidade para a maioria da população o sucateamento praticamente explícito das Universidades e do sistema de saúde públicos que o governo de Bolsonaro e Generais tem exercido: o avanço na implementação da precarizada EaD e os ataques feitos aos orçamentos destas instituições, sendo exemplo disso a situação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que sofreu o duro corte de R$ 4,5 milhões em relação a verba disponível no ano de 2020. Além disso, a política privatista é evidenciada ainda mais com o Decreto 10.686/21, que visa o represamento de R$ 2,7 bilhões do orçamento do MEC.
O mesmo ocorre no setor da saúde, tendo um corte de 14,81% em relação ao ano passado, em meio a crise de COVID-19 que não possui previsão a curto prazo de ser mitigada. A vacinação, luz no fim do túnel, avança a ritmos lentos, apenas agora alcançando 11,4% da população vacinada com as duas doses. As 491 mil mortes por COVID em nosso país são responsabilidade deste Estado e seu negacionismo, da falta de oferecimento de auxílio emergencial digno para que o povo consiga realizar isolamento, dos históricos cortes nas pesquisas científicas nacionais e da negação a obtenção de imunizantes.
Além das mortes pelo vírus, temos também sangue do povo derramado diretamente pelas mãos do Estado. A chacina ocorrida na Favela do Jacarezinho deixou 29 mortos, descumprindo a ADPF 635 (ADPF das Favelas) do Supremo Tribunal Federal, que proíbe operações durante a pandemia. Os mortos, dizem as “autoridades”: são todos bandidos. Não foram apresentados sequer indícios de crimes cometidos por cada um na maioria dos assassinados. Os moradores que tiveram que lavar as ruas cobertas de sangue após o massacre, hoje se manifestam pedindo o fim da repressão policial. O que ocorreu no Jacarezinho e o que ocorre frequentemente em inúmeras outras operações policiais nas periferias urbanas e no campo de nosso país escancaram o caráter de classe e raça da repressão.
O futuro das universidades e dos direitos de nosso povo estão em jogo. Mais do que nunca é necessário a participação ativa da comunidade acadêmica, especialmente dos estudantes, na luta presencial e combativa. Vimos o potencial transformador de nosso povo nas manifestações do dia 29, é preciso insistir nesse caminho! Lutemos por um Brasil sem fome, sem bala, sem COVID e com ciência!
ABAIXO O CORTE DE VERBAS! DEFENDER A UNIVERSIDADE PÚBLICA E GRATUITA!
PELO FIM DO GENOCÍDIO DO POVO PRETO E INDÍGENA!
POR UM AUXÍLIO EMERGENCIAL DE R$1000,00 ATÉ O FIM DA RECESSÃO!
EM DEFESA DO SUS! VACINA PARA O POVO JÁ!
Gestão Primavera
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